PRAIAS
Nos nossos areais os nadadores-salvadores vêem-se à rasca para acalmar o aquático entusiasmo dos veraneantes. Se levantam a bandeira amarela já sabem que têm as ondas cheias de campeões olímpicos a nadar para fora. Nas horas de maior afluência é ouvir o apitar constante destes elementos tentando chamar à razão e a terra, os kamikazes. A bandeira vermelha parece ser mais respeitada, são poucos os que nadam abertamente quando a avistam. Numa das praias em que estive, assisti (entre muitas outras cenas) ao salvamento de um miúdo arrastado para longe num colchão de ar. Devia ter uns 9 ou 10 anos. Quando voltou, as pernas a tremer, pousou o colchão devagarinho junto dos pais que ressonavam e liam o jornal, sem terem dado absolutamente por nada. Depois, voltou para as ondas revoltas.
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